Há um grande contrassenso neste momento de crise pelo qual o país está
passando. A cada semana somos surpreendidos com índices negativos para o
consumidor/trabalhador, pois a inflação está demasiadamente alta, a taxa de
desemprego está aumentando consideravelmente, o nível de endividamento da
família brasileira está cada dia mais alto, quantidade de cheques devolvidos
por falta de fundos aumenta a cada mês, etc.
Na contramão disso tudo, por vezes nos deparamos com notícias de que o lucro de
determinado banco privado aumentou exponencialmente, mas qual a lógica
capitalista que está por traz disso tudo?
Ao que tudo indica, o consumidor endividado acaba contraindo mais empréstimos,
e sua capacidade de pagamento que já era fragilizada pelo momento de crise se degrada
ainda mais e ao entrar neste círculo vicioso que é a renegociação de dívidas, o
consumidor se verá diante de uma verdadeira "bola de neve", cujo
pagamento de suas dívidas acaba ficando impossível.
Com base neste cenário totalmente prejudicial ao consumidor, o tema
superendividamento está ganhando cada vez mais espaço nos noticiários, nas
conversas de botequim, nos projetos de leis dos legisladores nacionais, bem
como no judiciário, onde recentemente os consumidores têm logrado êxito nas
demandas judiciais que tem como objetivo limitar os empréstimos consignados nos
patamares legais - 30% de acordo com a lei - e ainda receber de volta
devidamente corrigido e atualizado tudo que foi consignado acima do que a lei
autoriza.
Tal posicionamento do judiciário mostra a evidente preocupação de todo o
sistema com os superendividados brasileiros, que são fisgados pela facilidade
de crédito, e acabam por penhorar seus salários por anos a fio em troca de um
dinheiro imediato. A cultura de nosso povo, ou a falta de educação financeira
faz com que sejamos atraídos pela mídia a consumir produtos que muitas vezes
não precisamos ou que ainda cujo valor esteja acima de nossas capacidades
financeiras, mas em troca de um prazer imediato, acabamos por nos comprometer
financeiramente falando por vários meses.
Não vale a pena comprometer as finanças pessoais por vários meses em troca de
um prazer imediato, que muitas vezes acaba antes do final das parcelas.
Envie suas dúvidas para que elas sejam respondidas. Este site foi desenvolvido para esclarecer as maiores dúvidas dos consumidores, bem como auxiliá-los a resolver seus problemas.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Superendividamento do consumidor: Práticas ilícitas de bancos em conceder créditos acima do que é permitido por lei está fazendo com que judiciário condene bancos, que já somam prejuízos com ações.
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