sexta-feira, 1 de julho de 2016

Superendividamento do consumidor: Práticas ilícitas de bancos em conceder créditos acima do que é permitido por lei está fazendo com que judiciário condene bancos, que já somam prejuízos com ações.

Há um grande contrassenso neste momento de crise pelo qual o país está passando. A cada semana somos surpreendidos com índices negativos para o consumidor/trabalhador, pois a inflação está demasiadamente alta, a taxa de desemprego está aumentando consideravelmente, o nível de endividamento da família brasileira está cada dia mais alto, quantidade de cheques devolvidos por falta de fundos aumenta a cada mês, etc.

Na contramão disso tudo, por vezes nos deparamos com notícias de que o lucro de determinado banco privado aumentou exponencialmente, mas qual a lógica capitalista que está por traz disso tudo?

Ao que tudo indica, o consumidor endividado acaba contraindo mais empréstimos, e sua capacidade de pagamento que já era fragilizada pelo momento de crise se degrada ainda mais e ao entrar neste círculo vicioso que é a renegociação de dívidas, o consumidor se verá diante de uma verdadeira "bola de neve", cujo pagamento de suas dívidas acaba ficando impossível.

Com base neste cenário totalmente prejudicial ao consumidor, o tema superendividamento está ganhando cada vez mais espaço nos noticiários, nas conversas de botequim, nos projetos de leis dos legisladores nacionais, bem como no judiciário, onde recentemente os consumidores têm logrado êxito nas demandas judiciais que tem como objetivo limitar os empréstimos consignados nos patamares legais - 30% de acordo com a lei - e ainda receber de volta devidamente corrigido e atualizado tudo que foi consignado acima do que a lei autoriza.

Tal posicionamento do judiciário mostra a evidente preocupação de todo o sistema com os superendividados brasileiros, que são fisgados pela facilidade de crédito, e acabam por penhorar seus salários por anos a fio em troca de um dinheiro imediato. A cultura de nosso povo, ou a falta de educação financeira faz com que sejamos atraídos pela mídia a consumir produtos que muitas vezes não precisamos ou que ainda cujo valor esteja acima de nossas capacidades financeiras, mas em troca de um prazer imediato, acabamos por nos comprometer financeiramente falando por vários meses.

Não vale a pena comprometer as finanças pessoais por vários meses em troca de um prazer imediato, que muitas vezes acaba antes do final das parcelas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários