sábado, 2 de julho de 2016

Aumento de impostos é a saída para sair da crise e aumentar a arrecadação?

Não é novidade que o país atravessa um período de crise e que todos somos afetados por ela, com o aumento dos impostos e o péssimo serviço fornecido pelo Estado na saúde, educação, segurança, etc.

Mas será que a saída para aumentar a arrecadação é o aumento dos impostos? Especialistas em economia e tributos garantem que não, e por razões bem simples.

Uma família comum quando atravessa uma crise financeira não tem muita alternativa de aumentar sua renda, de forma que a única saída é economizar, cortar gastos, abrir mão de bens e serviços para não ficar no vermelho. Por outro lado, o governo pode muito bem aumentar sua arrecadação por meio do aumento dos impostos, e já fomos vítimas disto no começo de 2016 com o aumento de IPVA em quase todos os Estados, aumento do combustível, da taxa de juros cobrados pelos bancos, etc. E qual o resultado disto?

Segundo informações do Jornal Valor Econômico:
“A primeira notícia do ano na área fiscal não foi boa para o governo. Ao contrário, ela acendeu a luz vermelha nos principais gabinetes da Esplanada dos Ministérios. A receita tributária federal continuou em queda em janeiro, mantendo a tendência registrada em 2015.” Houve queda de 5% na arrecadação segundo fontes do governo.

Mas como pode cair a arrecadação mesmo com o aumento dos impostos? A razão parece ser muito simples.

Como todos que atravessam uma crise financeira, as famílias e as empresas "apertam o cinto" e param de consumir, gastam menos dinheiro, em outras palavras, a economia não "gira" e todos tendem a guardar dinheiro para atravessar a turbulência econômica. Desta forma consumindo menos, por mais que os impostos tenham aumentado, o Estado arrecada menos, pois há redução significativa nas relações comerciais.

Para entender tecnicamente e com mais detalhes como ocorre este fenômeno, entenda a CURVA DE LAFFER.

Com esta reflexão, há sempre uma pergunta a ser feita. Há esperança de sair da crise? Os especialistas no assunto entendem que sim, e sugerem que à exemplo da Argentina o país corte gastos do Poder Público, diminuindo as regalias governamentais, enxugando a máquina pública e reduzindo os tributos como forma de estimular o consumo e consequentemente aumentar a arrecadação, mas será que estes conselhos serão seguidos ou continuarão a ser ignorados pelos responsáveis pela economia nacional?

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