Não é novidade que o país atravessa um período de crise e que todos
somos afetados por ela, com o aumento dos impostos e o péssimo serviço
fornecido pelo Estado na saúde, educação, segurança, etc.
Mas
será que a saída para aumentar a arrecadação é o aumento dos impostos?
Especialistas em economia e tributos garantem que não, e por razões bem
simples.
Uma família comum quando atravessa uma crise financeira
não tem muita alternativa de aumentar sua renda, de forma que a única
saída é economizar, cortar gastos, abrir mão de bens e serviços para não
ficar no vermelho. Por outro lado, o governo pode muito bem aumentar
sua arrecadação por meio do aumento dos impostos, e já fomos vítimas
disto no começo de 2016 com o aumento de IPVA em quase todos os Estados,
aumento do combustível, da taxa de juros cobrados pelos bancos, etc. E
qual o resultado disto?
Segundo informações do Jornal Valor Econômico:
“A primeira notícia do ano na área fiscal não foi boa para o governo.
Ao contrário, ela acendeu a luz vermelha nos principais gabinetes da
Esplanada dos Ministérios. A receita tributária federal continuou em
queda em janeiro, mantendo a tendência registrada em 2015.” Houve queda de 5% na arrecadação segundo fontes do governo.
Mas como pode cair a arrecadação mesmo com o aumento dos impostos? A razão parece ser muito simples.
Como
todos que atravessam uma crise financeira, as famílias e as empresas
"apertam o cinto" e param de consumir, gastam menos dinheiro, em outras
palavras, a economia não "gira" e todos tendem a guardar dinheiro para
atravessar a turbulência econômica. Desta forma consumindo menos, por
mais que os impostos tenham aumentado, o Estado arrecada menos, pois há
redução significativa nas relações comerciais.
Para entender tecnicamente e com mais detalhes como ocorre este fenômeno, entenda a CURVA DE LAFFER.
Com
esta reflexão, há sempre uma pergunta a ser feita. Há esperança de sair
da crise? Os especialistas no assunto entendem que sim, e sugerem que à
exemplo da Argentina o país corte gastos do Poder Público, diminuindo
as regalias governamentais, enxugando a máquina pública e reduzindo os
tributos como forma de estimular o consumo e consequentemente aumentar a
arrecadação, mas será que estes conselhos serão seguidos ou continuarão
a ser ignorados pelos responsáveis pela economia nacional?
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